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Árvore de Natal da Lagoa: Versão 2023 com novidades

Matéria no jornal Extra fala sobre a versão 2023 da Árvore de Natal da Lagoa:

Prestes a ser inaugurado, o projeto Natal da Lagoa retornará a tradição natalina num dos principais cartões postais do Rio, com direito a área gourmet, shows, Casa do Papai Noel e roda-gigante iluminada. Uma das atrações mais esperadas por cariocas e turistas é a instalação de uma árvore de Natal de 32 metros de altura, que ficará exposta em terra firme, no Lagoon, de 15 a 30 de dezembro de 2023. A programação do Natal da Lagoa terá, ainda, um espetáculo de efeitos visuais em que imagens serão projetadas numa tela de água, a mesma técnica utilizada em shows dos parques da Disney.

(…) Também criador do Natal Luz de Gramado, Walter Neto é o responsável pela trilha sonora composta especialmente para a ocasião e que acompanhará as projeções na água da Lagoa. Ao todo, 30 artistas, entre cantores e instrumentistas, participaram das gravações.

— É uma trilha para o público cantar junto, sentir o espírito de Natal na Lagoa e espalhar alegria e amor — define Neto.

Outra atração que vai encantar adultos e crianças é a Parada Iluminada de Natal, um espetáculo de dança, com uma hora de duração, encenado por 24 bailarinos que usarão figurinos iluminados e circularão pelo público. Quem for ao Lagoon também poderá aproveitar, gratuitamente, a roda gigante, a Casa do Papai Noel, com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, e atrações musicais.

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Derlan de Matos Almeida: Gari que cria arte nos muros do Rio de Janeiro

Matéria no Globo Online em 09.12.2023 fala sobre Derlan de Matos Almeida, o gari pintor, responsável por transformar paredes pichadas em murais de arte no Rio. Na troca da vassoura pelo pincel, Derlan de Matos Almeida contabiliza mais de 70 painéis confeccionados desde 2012. Reportagem de João Vitor Costa, Selma Schmidt e Hermes de Paula:

Um dos heróis do vandalismo no Rio não usa capa, mas, na verdade, o uniforme laranja e azul da Comlurb. Derlan de Matos Almeida já contabiliza mais de 70 painéis pintados pela cidade, no uso de seu talento no combate à degradação, em 11 anos em que o pincel tomou o lugar da vassoura.

Em junho, após concluir murais em sete pilares de viaduto da Linha Amarela, em frente à Cidade de Deus, ele conseguiu até receber garantia de trégua.

— O pichador me disse que não deixaria mais ninguém pichar, porque tinha achado muito bonito — conta. — A essência é o desenho. Não basta pintar. Quando o lugar está decorado, inibe a degradação.

O anoitecer na África, cachoeiras, animais e árvores, agora, embelezam pilares da Linha Amarela, que num passado recente eram rabiscados e ponto para descartar lixo e consumir crack. Na Comlurb desde 2004, o artista autodidata, que fez um curso rápido de pintura, levou dois meses para encher de cores as sujas pilastras do viaduto.

— Não faço risco. Vou direto pintando com o pincel. E faço tudo sozinho — conta Derlan, baiano, de 44 anos.

O vandalismo — que destrói o patrimônio público e privado — é tão intenso que custa mais de R$ 220 milhões no Rio. A prefeitura da Capital gastou R$ 98 milhões entre janeiro de 2022 e outubro deste ano com reparos e ações voltadas a inibirem esses atos.

o vandalismo mata tanto inocentes quanto responsáveis pela depredação. Em geral, os autores são enquadrados nos crimes de dano e/ou furto, e a pena branda acaba não coibindo a prática. Outro desafio é identificar o criminoso.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, em 2022 e no primeiro semestre de 2023, foram registrados mais de 1.400 casos de dano ao patrimônio público no estado. O crime de vandalismo está enquadrado no artigo 163 do Código Penal, que trata de dano (“destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”), com pena de detenção de um a seis meses. Ele é qualificado se cometido com violência ou ameaça, assim como quando é contra bens públicos ou de concessionárias, com pena de até três anos.

A maior parte das denúncias anônimas sobre vandalismo no estado, feitas nos primeiros dez meses deste ano ao Disque Denúncia, cita ações contra a infraestrutura de empresas de telefonia e TV a cabo. O material inclui tampas de metal de caixas de visitas e cabos. Em seguida no ranking, estão atos contra ônibus e a iluminação pública.
Vandalismo que mata: destruição e furtos de bens públicos causam acidentes com vítimas no Rio
Além da Cidade de Deus, sua arte chegou a áreas degradadas de Pavuna, Irajá, Madureira. Jardim América e Parque Garota de Ipanema. Ele também se dedica a fazer desenhos nos chamados ecopontos — serão 47 até o fim deste ano —, onde são instaladas caixas metálicas para acabar com lixões em favelas.

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Câncer: Novo exame de sangue detectando células cancerosas em poucas horas

De acordo com o Globo Online, pesquisadores da Universidade de Rockefeller e de Harvard nos Estados Unidos projetaram um exame de sangue altamente sensível, rápido e de baixo custo, capaz de detectar o câncer em poucas horas:

O teste encontra uma proteína chave, conhecida como LINE-1-ORF1p, que é produzida pelas células cancerosas.

LINE-1 é um retrotransposon, um elemento semelhante a um vírus presente em todas as células humanas que se replica através de um mecanismo, resultando em uma nova cópia em uma nova posição no genoma, enquanto a ORF1p é uma proteína produzida em níveis elevados no câncer.

Há cerca de uma década, a ciência estuda essa proteína e, neste tempo, descobriram que elas se tornam altamente elevadas na maioria dos cânceres, incluindo muitos dos mais comuns e letais, como do esôfago, cólon, pulmão, mama, próstata, ovários, útero, pâncreas, cabeça e pescoço.

Muitos pesquisadores, de várias regiões do mundo, procuram desenvolver testes que detectam de maneira rápida o ORF1p, visto que ele é produzido pelas células do carcinoma. A capacidade de detectá-lo em pacientes antes que o câncer tenha a chance de se espalhar pode salvar vidas.

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Canabidiol: Na rede pública de Búzios e Volta Redonda

Matéria de Rafael Galdo no Globo Online em 05.11.2023 fala sobre as redes públicas de Volta Redonda e Búzios, RJ, que são pioneiras em fornecer óleo de canabidiol para tratamento:

A felicidade de Beatriz Oliveira da Costa, de 28 anos, é trabalhar. Com paralisia cerebral, a designer gráfica usa os pés para produzir suas artes, mas as dores se tornavam tão intensas que já a impediam de fazer o que mais gosta. Até ela começar a tomar, este ano, o óleo de canabidiol, que a ajudou a exercer sua profissão novamente. Ela recebe o produto gratuitamente, em Volta Redonda, uma das cidades pioneiras no Rio, junto com Armação de Búzios, a distribuí-lo pela rede pública de saúde.

Polêmicas, preconceitos e burocracias em torno do tema ainda impõem desafios à oferta da terapia. Mas os responsáveis pelos programas municipais garantem que, para enfrentar as barreiras, a motivação vem da melhora na qualidade de vida de pacientes como Beatriz.

— Eu tenho espasmos, e meus músculos são tensos, o que causa dores muito fortes. Então, passei a usar o óleo no lugar de um remédio que me fazia mal. Aos poucos, estou relaxando. As dores melhoraram uns 50% — contou Bia.

Em Volta Redonda, o fornecimento do produto a pacientes do SUS começou no fim de março, destinado, inicialmente, a pessoas com epilepsia refratária, transtorno do espectro autista, mal de Parkinson e doença de Alzheimer que não respondiam a tratamentos convencionais e com indicação médica para uso do óleo à base de canabinoides. Já são mais de 270 moradores atendidos. E a paciente número zero, que há 16 anos vive com o mal de Parkinson, já relata aos médicos a satisfação de voltar a realizar tarefas do cotidiano, como tomar banho sozinha e estender roupa na corda.

Mas, até que ela tivesse acesso às primeiras doses, a prefeitura precisou recorrer a inúmeras soluções diante de percalços, inclusive, jurídicos. Uma empreitada inaugurada quando o prefeito Antonio Francisco Neto, ao observar o resultado obtido por um parente de um amigo, virou um entusiasta de proporcionar o mesmo a quem não podia pagar pelo óleo — o mais barato não custa menos de R$ 200.

Uma lei local, de 2022, previu que o tratamento fosse oferecido na rede municipal de saúde. Desde 2015, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já permitia a importação, em caráter de excepcionalidade, de produtos à base de canabidiol por pessoas físicas, para uso próprio, mediante prescrição de médico legalmente habilitado. Posteriormente, foi autorizado ainda que o paciente se tornasse sócio de uma das associações para cannabis medicinal no Brasil ou comprasse em farmácias, onde o produto é ainda mais caro.

Mas a prefeitura avaliou que, pelas regras atuais, o município ainda não poderia fazer uma licitação, comprar e estocar o produto, sob pena de questionamentos de órgãos de controle. Para adquirir a primeira leva, a saída foi fechar uma parceria de R$ 120 mil com o Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), cujos professores da área de saúde acompanham os pacientes para a realização de pesquisas. Em outra frente, o prefeito angariou doações, na ordem de R$ 100 mil, entre empresários defensores da terapia, alguns com familiares fazendo uso do óleo.

— O tratamento modifica a vida das pessoas. Via que os resultados eram interessantes, principalmente, para quem está na melhor idade, e aqui no município temos um olhar especial para os idosos. Mas só quem tem dinheiro tinha acesso — conta o prefeito, com a missão agora de juntar R$ 500 mil em doações para a compra de mais 1.200 frascos que darão continuidade ao programa na cidade.

Coordenadora de Assistência Farmacêutica de Volta Redonda, Juliana Boechat explica que o município viabiliza todos os meios, inclusive financeiros, para que os pacientes cadastrados solicitem, individualmente, a autorização junto à Anvisa para importar o produto. A compra é feita de uma farmacêutica americana, e os moradores recebem o óleo em casa.

— Um caso que me marcou foi o de uma mãe de uma criança com autismo que há quatro anos não ouvia a voz do filho. Depois que ele iniciou o tratamento, ele voltou a falar, se comunicar melhor com a família. A verdade é que já tínhamos uma demanda reprimida de muitos pacientes com indicação de uso — diz Juliana.

Em Búzios — cuja lei que garante o uso e a distribuição de cannabis medicinal data do fim de 2021 — são cerca de 400 crianças com o transtorno do espectro autista e epilepsia refratária que, desde setembro, recebem o óleo de cannabis medicinal pela rede pública, na Clínica de Cannabis Terapêutica Beija-Flor.

Na cidade da Região dos Lagos, a coordenadora de Saúde Mental Mariana Moraes conta histórias de pequenos com epilepsia que, no primeiro dia de tratamento, apresentam melhoras, com crises mais leves e menos frequentes.

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Heman Bekele: Aos 14 anos, premiado por sabonete para tratamento de câncer de pele

Matéria da revista época conta que o estudante norte-americano Heman Bekele, de 14 anos, desenvolveu um sabonete voltado para o tratamento do câncer de pele:

Com essa criação, ele foi o vencedor da edição de 2023 do 3M Young Scientists Challenge, competição científica promovida pela Discovery Education e a 3M.

Heman Bekele

O adolescente explicou, em um vídeo enviado para a competição, que na fórmula do produto medicinal infundiu três ingredientes que reativam as células dendríticas, responsáveis por gerar uma resposta imunológica para combater a doença. São eles: ácido salicílico, ácido glicólico e tretinoína.

Chamados de agentes queratolíticos, eles destroem as camadas externas da pele, um processo que permite que receptores toll-like, proteínas que desempenham um papel fundamental no sistema imunológico inato, sejam liberados na pele, fixando-se e reativando as células dendríticas.

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Risco de morte: Atividade física moderada compensa sedentarismo

Matéria na Folha de SP em 27.10.2023 conta que fazer entre 20 e 25 minutos de atividade física moderada todos os dias pode ser suficiente para compensar o aumento do risco de morte associado a um estilo de vida altamente sedentário:

É o que afirma uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine.

A análise feita por pesquisadores da Noruega, Dinamarca e Estados Unidos mostra que ficar sentado ou deitado por mais de 12 horas por dia está associado a um risco de morte 38% maior em comparação a um total diário de 8 horas. Mas isso não vale para aqueles que acumulam ao menos 22 minutos diários de atividade física moderada a intensa.

Andar de bicicleta, correr, caminhar rápido e até subir escadas por um curto período de tempo todos os dias pode, então, diminuir a mortalidade de indivíduos que têm estilo de vida sedentário.

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Sildenafil: Princípio ativo do Viagra diminuindo risco de Alzheimer

De acordo com o site da revista Exame, estudos provaram em notícia publicada em 23.10.2023 que o Viagra pode ser um poderoso combatente contra o Mal de Alzheimer:

Segundo novo estudo do Centro Médico Monte Sinai, em Nova York (EUA), o princípio ativo do Viagra, chamado sildenafil, consegue bloquear a enzima que é comumente encontrada em altas taxas em cérebros com Alzheimer, a PDE5. A pesquisa concluiu, portanto, que quem faz uso do “azulzinho” pode reduzir o risco de contrair a doença em até 60%.

O estudo foi realizado com mais de 27 mil pessoas acima dos 65 anos, comparando 50% dos participantes que não fazem uso do medicamento para disfunção erétil com os outros 50% que o fazem, sob prescrição médica. “Descobrimos que o sildenafil estava significativamente associado a um risco 60% menor de desenvolver a doença de Alzheimer”, disse o autor do estudo, Xingyue Huo, em entrevista ao The Sun.

Quem faz o uso do sildenafil na terceira idade pode também sentir outras vantagens cognitivas. O estudo mostra que, como o medicamento fez com que o suprimento de sangue no corpo aumente, a vascularização do cérebro também é aumentada, o que pode melhorar a saúde do órgão, bem como reduzir os efeitos da demência.

Hoje, segundo projeção da Alzheimer’s Disease International, quase 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050 poderão sofrer de Alzheimer. O 1º Relatório Nacional de Demência também alerta que até o fim de 2023, mais de 2,4 milhões de pessoas terão a disfunção cognitiva. O uso do “azulzinho”, nesse caso, pode ser útil na prevenção de ambas as doenças.

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UFMG: Vacina que inibe cocaína e crack é premiada

De acordo com o site BHAZ, uma vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Calixcoca, foi a grande vencedora da categoria “Destaque” do Prêmio Euro Inovação na Saúde, em cerimônia de entrega realizada na noite de 18.10.2023 em São Paulo. O medicamento induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga numa molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica:

Com o prêmio, a equipe leva 500 mil euros para a UFMG. O prêmio é organizado pela multinacional farmacêutica Eurofarma, que tem atuação em mais de 20 países.

O coordenador da pesquisa, professor Frederico Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, agradeceu à sociedade brasileira que apoiou a campanha. “Desenvolver ciência na América Latina não é fácil. A UFMG é, hoje, uma universidade que está fazendo a diferença. Só temos a agradecer o apoio da nossa reitora [Sandra Regina Goulart Almeida] e do nosso pró-reitor de Pesquisa [Fernando Reis]”, celebrou.

Sandra Goulart Almeida comemorou o resultado. “Essa conquista representa uma grande vitória para a comunidade de pesquisadores da UFMG e para a ciência brasileira. A Calixcoca traz esperança por se apresentar como uma importante alternativa de tratamento contra as drogas. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer, e esse prêmio nos estimula a continuar trabalhando para que a vacina cumpra todas as suas etapas de desenvolvimento”, destacou a reitora.

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Antidepressivos versus Atividade Física: Benefícios em relação à Depressão e Ansiedade

Matéria de 17.10.2023 no Globo Online com o título “Antidepressivos X corrida: existe alternativa melhor para saúde mental? Estudo afirma que sim” compara os benefícios dos antidepressivos e da atividade física para a saúde mental a partir de um novo estudo entre indivíduos com depressão e/ou ansiedade:

Os resultados do trabalho, o primeiro já feito do tipo, apontam que as duas intervenções tiveram um impacto semelhante nas queixas de bem-estar psíquico. No entanto, os exercícios, que envolveram uma rotina de corrida, também levaram a uma melhora na saúde física, como no peso e na pressão arterial – enquanto o grupo formado pelos participantes que receberam os medicamentos registraram uma pequena piora nos indicadores.

“Os antidepressivos são geralmente seguros e eficazes. Eles funcionam para a maioria das pessoas (…), portanto geralmente são uma boa escolha. No entanto, precisamos ampliar o nosso arsenal de tratamento, uma vez que nem todos os pacientes respondem aos antidepressivos ou estão dispostos a tomá-los. Nossos resultados sugerem que a implementação da terapia com exercícios é algo que deveríamos levar muito mais a sério, pois poderia ser uma boa – e talvez até melhor – escolha para alguns de nossos pacientes”, diz a professora da Universidade Vrije de Amsterdã, na Holanda, e autora do estudo, Brenda Penninx, em comunicado.

Porém, ainda que os resultados apontem que a corrida é mais benéfica, os responsáveis pelo trabalho destacam que outros fatores também devem ser levados em consideração, como a adesão ao tratamento, que foi maior entre os que optaram pelos antidepressivos, e a gravidade do quadro dos participantes, que era ligeiramente pior também no grupo. O trabalho foi publicado na revista científica Journal of Affective Disorders.

“Descobrimos que a maioria das pessoas adere ao uso de antidepressivos, enquanto cerca de metade do grupo de corrida aderiu à terapia de exercícios duas vezes por semana. Dizer aos pacientes para correrem não é suficiente. Mudar o comportamento da atividade física exigirá supervisão adequada e encorajamento como fizemos ao implementar terapia de exercícios em uma instituição de saúde mental”, afirma Penninx.

O trabalho foi apresentado por ela na última semana durante o congresso do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, em Barcelona, na Espanha. Os pesquisadores recrutaram 141 pacientes com diagnóstico de depressão, ansiedade ou de ambas as doenças, e ofereceram duas alternativas de tratamento: o antidepressivo escitalopram ou uma rotina de duas a três sessões por semana de corrida em grupo supervisionada, com duração de 45 minutos cada.

45 participantes optaram pelo antidepressivo, enquanto 96 escolheram a atividade física. Os que preferiram os medicamentos apresentavam um quadro ligeiramente mais depressivo do que os voluntários do segundo grupo. Todos foram acompanhados durante 16 semanas, cerca de quatro meses. Porém, enquanto 82% dos pacientes aderiram corretamente aos fármacos, apenas 52% permaneceram na rotina de exercícios.

No final do estudo, ambos os grupos tiveram um benefício semelhante para a saúde mental: cerca de 44% dos participantes de cada um relataram uma redução nos sintomas de depressão e/ou ansiedade – 44,8% entre os que tomaram o antidepressivo, e 43,3% entre os que optaram pela corrida.

Mas, entre aqueles que preferiram as corridas, também houve uma melhora em indicadores como peso, circunferência da cintura, pressão arterial e função cardíaca. Já no outro grupo, foi registrada uma tendência de piora, ainda que pequena, nesses marcadores.

Penninx destaca a importância dos antidepressivos, especialmente em meio à maior adesão dos participantes, porém afirma que os resultados do estudo reforça a relevância da atividade física como uma alternativa que não apenas é eficaz, como dispensa os riscos de efeitos colaterais associados aos medicamentos.

“Médicos devem estar cientes da desregulação da atividade do sistema nervoso que certos antidepressivos podem causar, especialmente em pacientes que já apresentam problemas cardíacos. Isso também fornece um argumento para considerar seriamente a redução gradual e a descontinuação dos antidepressivos quando os episódios de depressão ou ansiedade tiverem regredido. No final, os pacientes só são verdadeiramente ajudados quando melhoramos a sua saúde mental sem piorar desnecessariamente a sua saúde física”, diz.

Comentando sobre o trabalho, o especialista dos Centros Médicos da Universidade de Amsterdã Eric Ruhe disse que os resultados confirmam que os exercícios físicos podem ser efetivos para o tratamento de problemas de saúde mental. Porém, pontuou que o fato de os participantes terem seguido a intervenção que eles escolheram pode influenciar na análise do estudo.

“A desvantagem é que as comparações entre grupos podem ser tendenciosas em comparação com fazer isso em um estudo verdadeiramente randomizado (em que os grupos são divididos de modo aleatório, e não por escolha). Por exemplo, os pacientes do grupo antidepressivo estavam mais deprimidos, o que pode estar associado a menos chances de persistência nos exercícios. Portanto, temos que ter cuidado para não interpretar exageradamente as comparações entre grupos, o que os autores reconhecem adequadamente”, afirmou.

Além disso, o especialista ressaltou a aderência maior aos medicamentos. Segundo ele, isso mostra que “é mais difícil mudar um hábito de vida do que tomar um comprimido”.

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Impressão 3D: Neurônios para reparação de lesões cerebrais

Matéria do site Olhar Digital conta que pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido) desenvolveram método revolucionário de impressão 3D que pode ser utilizado para o reparo de lesões cerebrais graves:

Em estudo publicado na revista Nature Communications, a equipe descreveu a criação de tecido cerebral projetado a partir de células-tronco humanas, capaz de representar com precisão o córtex cerebral.

Esse avanço tem o potencial de oferecer esperança para os muitos pacientes que sofrem com danos significativos no córtex, afetando a cognição, movimento e comunicação. Até o momento, não foram encontrados tratamentos eficazes para esse tipo de lesão, o que tem sido grande preocupação para a comunidade científica.

– No estudo, as células-tronco foram implantadas em camundongos, onde se integraram perfeitamente com o tecido cerebral nativo;
Os pesquisadores consideram esse resultado um passo significativo na criação de materiais que possam reproduzir a estrutura e função dos tecidos cerebrais naturais;

– O objetivo final do grupo é explorar o funcionamento do córtex humano e, eventualmente, oferecer esperança para indivíduos com lesões cerebrais graves;

– O tecido cerebral impresso em 3D foi construído utilizando células-tronco pluripotentes induzidas por humanos;

– A ideia é que essas células sejam coletadas dos próprios pacientes, o que evitaria possíveis reações imunológicas;

– Com base nos resultados iniciais, os pesquisadores pretendem aprimorar ainda mais a técnica de impressão para criar tecidos cerebrais mais complexos e realistas;

– Esses tecidos modificados podem ser utilizados para o reparo de lesões cerebrais, avaliação de medicamentos e estudos sobre o desenvolvimento cerebral.

Outro estudo, realizado anteriormente pela Universidade Concordia, no Canadá, também utilizou a tecnologia de impressão 3D para criar neurônios. Nessa pesquisa, a maioria dos neurônios sobreviveu por mais de dois dias após serem impressos.

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Cura do câncer: Novos estudos, novos medicamentos, novas esperanças

Matéria no portal G1 fala sobre avanços anunciados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica 2023 (Asco, na sigla em inglês) a respeito dos tratamentos de câncer. A BBC News Brasil detalha os quatro principais estudos divulgados durante o evento. Eles trazem boas novas para o combate dos tumores de pulmão, cérebro, reto e do linfoma de Hodgkin — um tipo de câncer que afeta células do sistema de defesa:

– Câncer de pulmão: pesquisadores do Yale Cancer Center, nos EUA, conseguiram demonstrar que o medicamento Osimertinibe, da farmacêutica AstraZeneca, é capaz de ampliar a sobrevida de pacientes que passaram por cirurgia de retirada do tumor.

– Glioma: os pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos EUA, mostraram que o Vorasidenibe reduz em 61% o risco de progressão da doença ou de morte, além de postergar a quimioterapia.

– Câncer retal: cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center demonstraram que duas estratégias terapêuticas distintas permitem uma alta taxa de sobrevida e até cura após cinco anos de início do tratamento.

– Linfoma de Hodgkin: cspecialistas do City of Hope Medical Center testaram a troca da Brentuximabe Vedotina pelo Nivolumabe, um tipo de imunoterapia, classe farmacológica que estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar as células cancerosas.

Leia sobre cada estudo detalhadamente na matéria do G1, clicando aqui.

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Osimertinib: Mais sobrevida aos pacientes com tumores no pulmão

De acordo com o Globo Online, uma nova droga contra câncer de pulmão reduziu pela metade o risco de morte ao longo de cinco anos para pacientes que passaram por cirurgias de remoção de tumor:

Cientistas da Universidade Yale revelaram neste domingo que o fármaco osimertinib permitiu sobrevida a 88% dos voluntários que receberam o fármaco em um ensaio clínico, contra 78% que receberam placebo.

O anúncio foi feito por cientistas da Universidade Yale no congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em Chicago. A droga se aplica a pacientes com um tipo específico de câncer pulmonar, relacionado a mutações no gene EGFR, que representam cerca de um quarto dos diagnósticos. Os voluntários recrutados para o teste foram submetidos a cirurgia em fases relativamente precoces do câncer (estágios 1B, 2, e 3A).

Esse foi o segundo resultado positivo anunciado para a droga. Anteriormente, os cientistas já haviam reportado que ela ajudava a frear a remissão de tumores da classe dos carcinomas de pulmão de células não pequenas, que representam 85% do total.

“Este foi o primeiro estudo global de fase 3 a demonstrar com significância estatística um benefício da sobrevida livre de doença e da sobrevida geral com o tratamento dirigido aos pacientes com mutação no EGFR em estágios de 1B a 3A”, escreveram os pesquisadores em um resumo divulgado no congresso.

Segundo Roy Herbst, médico que liderou o ensaio clínico, a droga se qualifica a ser adotada como tratamento padrão depois dos resultados do estudo.

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