De acordo com o portal G1, cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiram estabelecer uma relação entre os níveis de irisina — um hormônio produzido pelo corpo durante exercícios físicos — e um possível tratamento para a perda de memória causada pela doença de Alzheimer:
O estudo, feito em parceria com outras universidades e institutos, foi publicado nesta segunda [07.01.2019] na revista “Nature Medicine”.
Os testes foram feitos em camundongos com a doença — que produziam o hormônio ao fazer exercícios ou recebiam doses dele. Os autores explicam que três novidades foram descobertas:
- Existem baixos níveis de irisina no cérebro de pacientes afetados pelo Alzheimer. Essa mesma deficiência foi vista nos camundongos que foram usados como modelo no estudo.
- A reposição dos níveis de irisina no cérebro, inclusive por meio de exercícios físicos, foi capaz de reverter a perda de memória dos camundongos afetados pelo Alzheimer.
- A irisina é o que regula os efeitos positivos do exercício físico na memória dos camundongos.
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Veja matéria no Jornal Nacional:
https://globoplay.globo.com/v/7283076/
No El Pais:
Os cientistas responsáveis pelo estudo, Ottavio Arancio, Sergio Ferreira e Fernanda de Felice, demonstraram que o aumento da irisina, assim como sua proteína precursora FNDC5, reduz o déficit de memória e aprendizagem em roedores com Alzheimer.
Observaram também que quando o surgimento dessa substância no cérebro dos ratos doentes era bloqueado, se perdiam os efeitos cognitivos benéficos trazidos pelo exercício físico.
Os cientistas afirmaram que se sabe que o exercício melhora as capacidades cognitivas e atrasa a progressão dos transtornos neurodegenerativos, mas são necessários estudos adicionais para compreender melhor como a irisina entra em ação e interage com o cérebro.
Além disso, disseram que é preciso um conhecimento melhor para avaliar se a proteína tem um efeito cognitivo benéfico semelhante nos humanos.
Destacaram, entretanto, que a descoberta recente pode abrir o caminho rumo a novas estratégias terapêuticas que sirvam para mitigar a deterioração cognitiva em pacientes com Alzheimer.
Leia a matéria completa clicando aqui.
No site da Nature Medicine:
Defective brain hormonal signaling has been associated with Alzheimer’s disease (AD), a disorder characterized by synapse and memory failure. Irisin is an exercise-induced myokine released on cleavage of the membrane-bound precursor protein fibronectin type III domain-containing protein 5 (FNDC5), also expressed in the hippocampus. Here we show that FNDC5/irisin levels are reduced in AD hippocampi and cerebrospinal fluid, and in experimental AD models. Knockdown of brain FNDC5/irisin impairs long-term potentiation and novel object recognition memory in mice. Conversely, boosting brain levels of FNDC5/irisin rescues synaptic plasticity and memory in AD mouse models. Peripheral overexpression of FNDC5/irisin rescues memory impairment, whereas blockade of either peripheral or brain FNDC5/irisin attenuates the neuroprotective actions of physical exercise on synaptic plasticity and memory in AD mice. By showing that FNDC5/irisin is an important mediator of the beneficial effects of exercise in AD models, our findings place FNDC5/irisin as a novel agent capable of opposing synapse failure and memory impairment in AD.
A página para o artigo:
https://www.nature.com/articles/s41591-018-0275-4
Na Saber Mais:
– Hormônio produzido durante exercícios recupera a memória de pessoas com Alzheimer