De acordo com o site RFI, num passo importante em direção à cura da AIDS, pesquisadores do Instituto Pasteur anunciaram em 20.12.2018 terem destruído com sucesso células infectadas pelo HIV:
O estudo, publicado na revista científica Cell Metabolism, ainda não apresenta um tratamento, mas abre o caminho para a cura da doença.
Hoje, o tratamento da Aids utiliza os chamados anti-retrovirais, descobertos nos anos 1990 e usados para bloquear a infecção. O problema é que o medicamento não elimina o HIV do organismo. Os doentes precisam tomar a medicação até o fim da vida, já que até hoje nenhum remédio consegue destruir o vírus, presente nas células imunitárias, os linfócitos T CD4.
Os pesquisadores perceberam que alguns linfócitos não eram infectados pelo vírus e, até hoje, não entendiam o porquê. Nesse estudo, eles conseguiram identificar as características das células que eram infectadas com mais facilidade, e que apresentavam uma atividade metabólica mais propícia à propagação do vírus.
Estas células têm a particularidade de consumir mais glucose para produzir energia. As experiências mostraram que, quanto mais forte era a atividade metabólica, maior era o consumo de glucose e, consequentemente, a possibilidade da célula estar infectada pelo HIV. Os pesquisadores tiveram então a ideia de bloquear a atividade desses linfócitos. Quando isso acontece, eles conseguem resistir à infecção e, após um tempo, o HIV é eliminado. Em laboratório, foram usados inibidores de atividade metabólica, já utilizados em pesquisas oncológicas.
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