Publicado em Artes, Cultura e Educação, Superação

Pequenos vestibulandos, grandes vencedores

A mineira Lorena Aguiar Ribeiro ainda cursa o 9º ano do ensino fundamental, mas já sentiu o gostinho de passar no vestibular:

Com apenas 13 anos, a estudante da Escola Municipal Prefeito Amintas de Barros, em Belo Horizonte, passou em direito na Faculdade Anhanguera. Apesar de ter sido aprovada, ela só poderá fazer um curso superior depois de concluir o ensino médio.

A adolescente diz que decidiu de última hora prestar vestibular como “treineira”. “Resolvi fazer a prova por experiência e por influência do meu pai e de alguns amigos”, revela. Entre a inscrição e o resultado, foram apenas quatro dias. O pai, Graciliano Antônio Ribeiro, grande incentivador da garota, foi quem deu a notícia para a filha. “Eu estava na hora do recreio quando ele me ligou. Fiquei feliz só de pensar que passei numa prova que normalmente só pessoas com o ensino concluído passam. Acho que na hora, ele [o pai] até ficou emocionado”, comemora.

Em casa, a mãe, Maria da Penha Ribeiro, que inicialmente não estava certa se este era o momento adequado de a filha prestar vestibular, não esconde o orgulho. “Foi muito gratificante. Quando ela e o pai dela apareceram com essa ideia, eu pensava que era muito cedo, que não ia dar certo. Mas ela dizia que seria uma experiência nova”, conta. Na escola, a aprovação rendeu até um apelido à adolescente: “nerd”. De acordo com Lorena, muitos colegas ficaram surpresos. Já os professores teceram diversos elogios à menina. “Eles me falaram que eu estava no caminho certo”.

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Aos 17 anos, Gustavo Haddad Braga, morador de São José dos Campos, SP, vive o privilégio de ter de escolher entre se matricular na Universidade de Harvard ou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Gustavo ainda não sabe por qual vai optar:

Ele foi aceito em ambas as instituições que ficam nos Estados Unidos e estão entre as melhores do mundo. Gustavo recebeu em dezembro a notícia da aprovação em Harvard. Na quarta-feira (14) à noite, viu que também tinha passado no MIT. As duas instituições são as mais bem colocadas no ranking mundial de universidades na categoria “reputação no meio acadêmico” divulgado esta semana pela Times Higher Education. Além dele, o cearense João Lucas Camelo Sá, de 17 anos, também já tem vaga garantida no MIT.

No Brasil, o jovem Gustavo também passou nos vestibulares mais concorridos como o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto Militar de Engenharia (IME) e para o curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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O estudante paraibano Normando Guedes Pereira Neto, aluno do quarto ano de Medicina da UFPB, pode passar a integrar a universidade de Harvard nos próximos meses:

Fundada em 1636 e considerada a melhor universidade do mundo pela Times Higher Education, a universidade tem selecionado um número cada vez maior de brasileiros.

O jovem, de 23 anos, estudará na Harvard Medical School, onde realizará pesquisa sobre técnicas de estimulação cerebral para tratar doenças como a dor crônica e transtornos psiquiátricos no Spaulding Rehabilitation Hospital. Essas técnicas, chamadas de neuromodulação, consistem em aplicar estímulos elétricos ou magnéticos em áreas bem delimitadas do cérebro, ativando ou inibindo um grupo específico de neurônios responsável pela doença. Dor crônica, epilepsia, Parkinson e incontinência urinária estão entre as doenças tratáveis por essas técnicas. Os cientistas visam agora utilizá-las em um número cada vez maior de doenças, como os transtornos alimentares e as doenças psiquiátricas.

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Júlia de Oliveira Campos estudava 12 horas por dia para ser aprovada em Medicina. Filha de agricultor no interior de Minas Gerais, quer ser médica e passou em 12 vestibulares:

Em uma rua de casas humildes, uma faixa chama a atenção de quem passa. Júlia passou em 12 universidades. Para um dos cursos mais disputados: Medicina.

“Às vezes as pessoas me perguntam: ‘Por que você fez esse tanto de vestibular?’ Eu fiz esse tanto de vestibular porque medicina é assim eu ouvi vários casos de que a pessoa deixou de passar porque o último colocado ficou um décimo na frente dele”, contou a estudante Júlia de Oliveira Campos.

Entre as 12 universidades, Júlia escolheu uma das mais conceituadas do Brasil. “Qualquer aluno que pensa em estudar medicina pensa na USP. É onde você vai ter mais oportunidades”, diz Júlia.

Por trás da vitória, uma família que batalhou muito. O pai dela, Seu Lincoln, é lavrador na pequena cidade de Paracatu, em Minas Gerais. “Como uma pessoa hoje vai competir nesse mundo sem saber inglês, sem saber espanhol, sem ter acesso a livros, sem ter acesso à internet? Isso é muito difícil. Mas a gente fura um buraco no cinto, arrocha ele e vai embora”, disse o lavrador Lincoln Campos.

O esforço do Seu Lincoln foi recompensado. Júlia está de malas prontas para conhecer a cidade onde vai se tornar médica.

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